terça-feira, 24 de maio de 2011

RICO GUIMARÃES POSTA VÍDEO ELOGIANDO AMANDA GURGEL E DENUNCIANDO OS DESMANDOS DA EDUCAÇÃO NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Vídeo em que o professor e historiador Rico Guimarães parabeniza a professora Amanda Gurgel pelo seu depoimento sobre a educação. Ademais, convida a nobre colega para trabalhar na educação do Estado do Rio de Janeiro, inclusive denunciando os problemas inerentes àquele Estado e mostrando o vergonhoso contra-cheque da SEEDUC.


sábado, 21 de maio de 2011

PROFESSOR RICO GUIMARÃES POSTA VÍDEOS COM AULAS DE HISTÓRIA NO YOU TUBE

Historiador e professor estadual, Rico Guimarães inicia uma série de vídeos relacionados ao estudo da História, sendo estes, direcionados à vestibulandos e acadêmicos.


RICO GUIMARÃES DIVULGA VÍDEO EM REPÚDIO AO ATENTADO QUE VITIMOU O BLOGUEIRO RICARDO GAMA

Professor denuncia o seu repúdio ao atentado que vitimou o jornalista Ricardo Gama. No decorrer do vídeo, o historiador critica a política educacional falida do governo Sérgio Cabral, convoca a sociedade para um movimento de defesa da liberdade de expressão e encerra prestando solidariedade ao blogueiro.



terça-feira, 17 de maio de 2011

TJ-RJ: EDITAL PARA O NOVO CONCURSO JÁ ESTÁ QUASE PRONTO

Mais um importante passo foi dado rumo à realização do concurso para o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ): na última segunda-feira, 16, o diretor do Departamento de Desenvolvimento de Pessoas, Luciano Alt, informou que já foi concluído o levantamento que definirá a oferta de vagas de técnico e analista judiciários.

No entanto, segundo ele, o quantitativo só poderá ser informado após a publicação oficial da resolução que autoriza a contratação de novos servidores. Ainda não foi informada uma data de quando isso ocorrerá. Paralelamente, o diretor ressaltou que já está sendo elaborado o edital com as regras da seleção. "Iniciamos a elaboração do edital com as informações básicas, até porque precisamos da escolha da organizadora para definir maiores detalhes. Isso só poderá ocorrer após a divulgação da resolução", explica.

Independente do número de vagas que será especificado em edital, o TJ-RJ tem tradição de chamar muitos aprovados. No concurso anterior, realizado em 2007, foram oferecidas 138 vagas, sendo 66 para técnico e 72 para analista, ambos sem especialidade. No entanto,  2.707 aprovados foram convocados (1.717 e 990 respectivamente).

Conforme o corregedor-geral, desembargador Antônio José Azevedo Pinto, havia informado, o concurso contemplará os cargos de técnico, com exigência de nível médio, e analista judiciário, de nível superior. As remunerações iniciais deverão ser de R$3.020,06 e R$4.603,91, respectivamente, incluindo R$572 de auxílio-alimentação (valor unitário de R$26 e média de 22 dias de trabalho). Os novos servidores receberão, ainda, benefícios, como auxílios creche, saúde e locomoção. Os habilitados serão contratados pelo regime estatutário, que garante estabilidade no serviço público, para jornada de trabalho de oito horas. No último concurso, os candidatos ao cargo de analista realizaram prova objetiva, composta por 90 questões, distribuídas pelas disciplinas de Língua Portuguesa, Direito Constitucional, Administrativo, Processual Civil, Processual Penal e Legislação.

Já para os técnico foram propostas 80 questões, distribuídas por Língua Portuguesa, Direito Administrativo, Direito Constitucional e Legislação. Garantiu aprovação quem obteve, no mínimo, 50% de acertos em cada disciplina.

VAMOS TORCER!!! BOA SORTE PARA OS CONCURSEIROS!!!



sábado, 7 de maio de 2011

A PEDAGOGIA DO FAZ-DE-CONTA: O CÂNCER DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

Primeiramente, gostaria de explicar o que seria a pedagogia do faz-de-conta.  Ela nada mais é do que chamamos de Pedagogia Inclusiva, que visa democratizar o processo educacional e inserir alunos que possuem uma extrema dificuldade na absorção dos conteúdos dentro de uma metodologia que demagogicamente responde os anseios políticos e sociais, mas que nivela por baixo a qualidade do currículo. Vejo que esse é um erro gravíssimo. Quando percebo que na modalidade de Educação de Jovens e Adultos chegam alunos que foram aprovados na fase elementar sem um mínimo básico de preparo para saber as operações matemáticas, entender a gramática, conhecer o universo científico e ter a consciência política e cidadã que um bom curso de Estudos Sociais proporciona, percebo um faz-de-conta vergonhoso e hipócrita acerca da filosofia de que devemos apenas “acompanhar” esses alunos, sem utilizar mecanismos simples de avaliação, ou seja, o mínimo para que possamos transformar um pouco a realidade desses humildes alunos. A ideia de democratizar a educação enxerga apenas o problema pelo viés social, mas se esquece de enxerga-lo pelo viés cultural. Essa postura mostrará no futuro, para o aluno “beneficiado”, que o mesmo foi enganado. Enganado pelo Estado, que não dá um mínimo de estrutura real para que os profissionais da educação possam construir um projeto mais audacioso e eficaz no tocante à formação da cidadania para o corpo discente, e que passa pela qualidade dos conteúdos e dos aparelhos auxiliadores do processo educacional. Enganado por alguns “profissionais” que, mesmo sem a ajuda eficaz do Estado, não aproveitam aquilo que ele possui e o Estado não é responsável diretamente, que é a sua formação acadêmica e os valores éticos da profissão como o entendimento de que o mestre é peça fundamental no processo de melhora socioeconômica dos indivíduos e aí a sua consequente consciência de que não deve enganar o aluno com avaliações vazias, sem objetivo pedagógico, criadas apenas para “acompanhar” e passar o aluno, sem ter uma preocupação real se esse aluno irá se tornar melhor dali pra frente e tendo uma consciência íntima de que fez um trabalho sujo, aprovando injustamente aquele aluno, somente para contribuir nas estatísticas oficiais. Sem falar, na verdadeira sacanagem que se apresenta para os melhores alunos, também nas turmas regulares, quando nivelamos o grau dos conteúdos curriculares por baixo, prejudicando estes que poderiam ser tornar cidadãos brilhantes no futuro e que se veem presos por um “professor” que comete esse crime pedagógico somente para “ajudar” os menos privilegiados intelectualmente. Muitos futuros médicos, advogados, historiadores, sociólogos, engenheiros e etecetera estarão sendo abreviados pela postura irresponsável desse educador.
Não estou falando aqui dos bons profissionais que, mesmo com um salário defasado, injusto e humilhante, cumprem com a sua obrigação de educadores. Esses, mesmo reconhecendo o espaço heterogêneo que a sala de aula apresenta (com alunos bons e excelentes; alunos regulares; alunos com muita dificuldade, mas dedicados e alunos irresponsáveis, sem compromisso e sem base estrutural extraclasse) praticam uma adaptação dessa realidade de maneira honesta dentro dos valores pedagógicos, criando variados instrumentos de avaliação, muitos deles inovadores, mas entendendo que não pode subestimar a capacidade crítica e analítica dos alunos, mesmo daqueles que apresentam deficiência de aprendizagem, pois esse professor, consciente da sua função, sabe que o aluno iludido pela pedagogia do faz-de-conta, que se apresenta como “inclusiva”, na verdade irá excluí-lo no futuro, quando o mesmo ver que foi enganado pelos seus pseudo-professores e que se transformou num excluído social. Excluído não só pelo aspecto aquisitivo ou econômico, mas também pelo aspecto intelectual, onde o mesmo irá ser ultrapassado pelos bem nascidos ou por colegas que também passaram pelo ensino público, mas que outrora tiveram professores sérios, humanos e realistas de que precisavam dar o máximo do seu conhecimento para esses alunos e que, por isso, se não criaram um cidadão que pudesse competir em pé de igualdade com os oriundos da elite, pelo menos, deram a estes, mecanismos eficientes e seguros de defesa no plano cultural, intelectual e educativo.
Concluindo, me dói ver colegas brincando na sala de aula, desinformando ao invés de formar cidadãos. Inventar avaliações, aprovar demasiadamente sem critérios pedagógicos e fazer média com diretores, são medidas que irão contribuir para que os alunos marginalizados na acepção social da palavra, continuem marginalizados no futuro, onde irão provar do veneno da competição desleal e da letargia cultural frente a uma concorrência cada vez mais selvagem e preparada. Antes de fazer demagogia social, devemos nos preocupar em formar cidadãos mais críticos, analíticos e conscientes, privilegiando a formação cultural dos mesmos em detrimento de um discurso social mesquinho que irá tratar de excluir, mais cedo, ou mais tarde, este aluno beneficiário da tal “Pedagogia Inclusiva”, verdadeira enganadora do processo educacional, ou melhor dizendo, a neoplasia do conhecimento, o carcinoma do intelecto.
No tocante à minha postura na sala de aula, trato da mesma maneira, os bons e maus alunos e procuro criar mecanismos diferentes de avaliação, respeitando a capacidade intelectual de cada um, mas sem tirar um mínimo de conteúdo qualitativo no tocante ao conhecimento, para os alunos menos privilegiados. Quero que os mesmos não sejam excluídos no futuro. Se for uma utopia achar que terão o nível de formação dos alunos elitizados, que pelo menos eles tenham aparelhos de autodefesa, tão básicos, como a noção do questionamento social, da importância da leitura e da cobrança frente aos órgãos oficiais sobre os seus direitos.

RICO GUIMARÃES