segunda-feira, 29 de março de 2010

VELÓRIO DE ARMANDO NOGUEIRA SERÁ NO MARACANÃ

Jornalista será enterrado nesta terça-feira em Botafogo, no Rio de Janeiro

O velório do jornalista Armando Nogueira será realizado nesta segunda-feira, a partir das 13h, no Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã. O enterro acontece nesta terça, às 12h, no cemitério São João Batista, em Botafogo, no Rio de Janeiro.

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e o prefeito da cidade, Eduardo Paes, que estão em Brasília, decretaram luto oficial de três dias em decorrência da morte do jornalista.

Armando morreu aos 83 anos, vítima de câncer, doença com a qual convivia desde 2007, na manhã desta quarta-feira, em seu apartamento, no Rio de Janeiro.

Nascido no dia 14 de janeiro, em Xapuri, no Acre, Armando trabalhou por 25 anos na Rede Globo, foi colunista do LANCE! e trabalhou, presencialmente, em todas as Copas do Mundo desde 1958.


BY LANCE PRESS

quinta-feira, 18 de março de 2010

ENTENDA A POLÊMICA SOBRE A DISTRIBUIÇÃO DOS ROYALTIES DO PETRÓLEO

A aprovação pela Câmara dos Deputados de uma emenda que muda as regras de distribuição dos royalties do petróleo colocou o governo federal, Estados e municípios diante de uma polêmica envolvendo disputas políticas e interesses regionais.

Na semana passada, os deputados decidiram que os royalties - espécie de compensação financeira paga pelos exploradores - devem ser distribuídos de forma igualitária entre todos os Estados e municípios do país. A decisão muda a regra atual, em que Estados e municípios produtores recebem uma parcela maior dos royalties pagos pelas empresas. A emenda aprovada pela Câmara será ainda encaminhada ao Senado, mas a decisão entre os deputados já foi suficiente para deflagrar a polêmica sobre quem deve receber a verba gerada com a exploração do petróleo.

Entenda o debate.

O que são royalties e como são cobrados?

De modo geral, royalty é um valor cobrado pelo proprietário de uma patente ou ainda por uma pessoa ou empresa que detém o direito exclusivo sobre determinado produto ou serviço. No caso do petróleo, os royalties são cobrados das concessionárias que exploram a matéria-prima, de acordo com sua quantidade, e o valor arrecadado fica com o poder público. De acordo com a legislação brasileira, Estados e municípios produtores - além da União - têm direito à maioria absoluta dos royalties do petróleo. A divisão atual é de 40% para a União, 22,5% para Estados e 30% para os municípios produtores. Os 7,5% restantes são distribuidos para todos os municípios e Estados da federação. A justificativa para essa divisão é de que os royalties são uma espécie de compensação às administrações locais, pelo fato de o recurso ser finito. Além disso, essas localidades em tese têm mais gastos com infraestrutura e prevenção de acidentes, por exemplo. Segundo a Agência Nacional do Petrólo (ANP), o Brasil arrecadou R$ 7,9 bilhões em royalties no ano passado.

Por que a distribuição de royalties voltou ao centro da discussão?

Com a descoberta da camada pré-sal, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou a defender novas regras para a exploração do petróleo no país. Um dos argumentos é de que as empresas terão acesso a reservas de alto potencial e com risco exploratório perto de zero - o que justificaria um novo marco regulatório. Foi nesse contexto que o presidente Lula apresentou, em agosto do ano passado, quatro projetos de lei propondo mudanças no setor, sendo um deles na distribuição dos royalties.

O governo Lula, que chegou a defender a distribuição igualitária dos royalties, voltou atrás diante da pressão dos Estados produtores e passou a defender um tratamento diferenciado para essas administrações. Mas os deputados não aceitaram a proposta e aprovaram uma emenda, apresentada pelos deputados Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), Humberto Souto (PPS-RS) e Marcelo Castro (PMDB-PI), que prevê a distribuição dos royalties do pré-sal para todos os Estados da federação.

A divisão aprovada na Câmara por 369 votos a favor e 72 contrários é de que 30% dos royalties sejam destinados aos Estados, 30% aos municípios e 40% à União, sem tratamento diferenciado para os produtores. A chamada "emenda Ibsen" foi além da camada pré-sal e estendeu a nova distribuição de royalties também às bacias tradicionais, incluindo as já licitadas.

Cálculos apresentados pelo deputado Humberto Souto mostram que o Estado do Piauí, por exemplo, poderá receber R$ 317 milhões em royalties ainda este ano, enquanto o Rio de Janeiro, maior Estado produtor, ficaria com cerca de R$ 200 milhões.

Quais são os argumentos a favor da nova distribuição?

O principal argumento dos parlamentares favoráveis à mudança das regras é de que o petróleo pertence "a todo o país", o que justificaria uma distribuição igualitária dos royalties. Segundo o deputado Marcelo Castro, "não interessa que a exploração seja feita de frente para o Rio de Janeiro". Para ele, é preciso usar o petróleo para fazer "justiça social" e "reduzir desquilíbrios" regionais.

Na avaliação do deputado Ibsen Pinheiro, a exploração do petróleo é feita no mar, não havendo, segundo ele, possibilidade de danos para Estados e municípios produtores. Ainda de acordo com o deputado, não seria "justo" privilegiar dois Estados e "prejudicar" 25. Em entrevista ao site G1, Ibsen disse que os Estados produtores "têm, no máximo, vista para o mar, que é muito privilegiada".

Os defensores da distribuição igualitária dizem também que todos os Estados acabam pagando, por meio da União, pelas pesquisas da Petrobras e pelos testes nos poços - e por isso devem ser beneficiado com royalties. "Essa matéria tem fundamento jurídico, fundamento moral e maioria. Nada justifica a desigualdade", disse Ibsen, durante a votação da emenda. Ainda de acordo com o deputado, "é justo que o petróleo pertença a todos os brasileiros, pois todos somos iguais perante a lei". O deputado Fernando Coruja (PPS-SC) acrescentou que a regra "inverte a concentração de recursos", permitindo que os municípios com menos dinheiro "participem da riqueza do petróleo".

O que dizem os Estados e municípios produtores?

A emenda Ibsen tem sido fortemente criticada pelas lideranças do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, que descreveram a medida como "covardia". O governador do Rio, Sergio Cabral Filho, chegou a chorar em público ao comentar a decisão da Câmara. Segundo ele, os deputados que votaram a favor da emenda esperando algum "benefício eleitoral" em seu Estado estão "equivocados". Sua avaliação é de que a população brasileira será "solidária" ao Rio.

De acordo com cálculos apresentados pelo deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), a arrecadação do Estado do Rio de Janeiro com royalties do petróleo cairia de R$ 5 bilhões para cerca de R$ 100 milhões. O governador do Rio disse que a perda de receita afetará as obras para os Jogos Olímpicos de 2016 e convocou a população para uma caminhada no centro da cidade, na quarta-feira.

Representantes dos Estados produtores veem ainda "falhas jurídicas" na emenda, por mudar as regras de contratos já firmados, no caso dos poços que já foram licitados. "Campos já licitados, já leiloados, não podem ter as regras mudadas, porque isso fere os princípios jurídicos, muda cláusulas de situações já consagradas", disse o senador Francisco Dornelles (PP-RJ).

Existe a possibilidade de um acordo?

A aprovação da emenda Ibsen criou um embate entre os Estados da federação, com Rio de Janeiro e Espírito Santo de um lado, e as outras 25 unidades do outro. Diante da disputa regional, lideranças do governo Lula tentam agora costurar uma nova proposta antes que a matéria seja votada no Senado.

Uma das alternativas apresentadas pelo deputado Ibsen Pinheiro é de que a União use sua cota na distribuição dos royalties para compensar pelo menos parte das perdas nos Estados e municípios produtores. Segundo o deputado, os prejudicados poderão ser compensados pela União até que a produção de petróleo atinja níveis que garantam os atuais patamares de remuneração.

No entanto, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo na Casa rebateu essa possibilidade. A ideia do governo, agora, é elaborar um projeto de lei específico sobre a questão dos royalties. Dessa forma, a matéria poderia ser apreciada normalmente (sem o pedido de urgência), o que daria tempo para que o assunto seja melhor discutido.

Caso os senadores mantenham a emenda que redistribui os royalties, o presidente Lula poderá vetá-la ou não. A partir daí o veto presidencial terá de ser votado por deputados e senadores, em sessão conjunta.

Quais são as implicações eleitorais do debate?

A discussão sobre os royalties do petróleo tem um forte apelo eleitoral, com potencial de desgaste tanto para governo como para a oposição. No caso do governo, esse potencial tende a ser maior, já que o presidente Lula está diretamente envolvido no debate, podendo vetar ou não a decisão do Senado. Se os senadores concordarem com a redistribuição dos royalties, o presidente Lula terá de decidir se fica do lado dos dois Estados produtores ou do restante do país.

"Seria um decisão desgastante em meio à campanha da ministra Dilma Roussef", diz um deputado da base aliada ao governo, referindo-se à pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto.

O assunto também é visto com receio pela oposição, que teme se indispor com o restante do país em pleno ano eleitoral. O governador de São Paulo e possível candidato à Presidência, José Serra, tem evitado criticar de forma mais contundente a emenda Ibsen, mesmo estando à frente de um dos três Estados produtores de petróleo. Serra disse nesta quarta-feira que distruibir os benefícios do petróleo para todo o Brasil é uma "preocupação correta", mas que o projeto, do jeito que está, é "inaceitável".

A avaliação de um deputado da oposição é de que o governador está prestes a oficializar sua pré-candidatura à Presidência e que "comprar briga" com o restante do país "teria um alto custo".

quinta-feira, 11 de março de 2010

CÂMARA APROVA ALTERAÇÃO DE ROYALTIES E CONCLUI VOTAÇÃO DO PRÉ-SAL

A Câmara aprovou nesta quarta-feira, por 369 votos a 72 e duas abstenções, a emenda que altera as regras de distribuição dos royalties e participações especiais do petróleo, concluindo a votação do projeto de lei que institui o regime de partilha para a exploração da camada pré-sal.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no entanto, deve vetar esse trecho da proposta --o último dos quatro projetos do novo marco regulatório do setor que ainda tramitava na Casa. Segundo parlamentares de Estados prejudicados, a iniciativa também deve enfrentar questionamentos na Justiça. O texto básico da matéria havia sido aprovado pelos deputados no fim do ano passado.

"A emenda não é constitucional porque mexe com contratos vigentes. Se for aprovada, o presidente Lula será obrigado a vetar", alertou durante discurso o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP).

"Não tome como ameaça, tome como informação. Não tem como sancionar. Isso é terreno na Lua: vão continuar sem receber nada", acrescentou.

Apresentada pelos deputados Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) e Humberto Souto (PPS-MG), a emenda determina que, com exceção da parte da União, os royalties e participações especiais sejam rateados entre todos os Estados (50 por cento) e municípios (50 por cento) do país nos critérios do fundo de participação dos Estados (FPE) e dos Municípios (FPM).

Nessa equação, Rio de Janeiro e Espírito Santo --hoje os maiores produtores brasileiros da commodity-- arrecadariam muito menos do que argumentam ter direito. Votado a poucos meses do início da campanha eleitoral, as discussões sobre o tema foram influenciadas pelos interesses políticos dos parlamentares e governadores.

Se esse artigo for de fato vetado pelo presidente, as atuais regras, que privilegiam os Estados produtores, permaneceriam valendo. Os quatro projetos do novo marco serão ainda analisados pelo Senado, mas voltarão para a Câmara se lá forem alterados.

O relatório do deputado Henrique Eduardo Alves (RN), líder do PMDB, mantinha as vantagens de Estados e municípios produtores, mas contemplava também os não produtores. O texto fora fruto de um acordo feito entre o presidente Lula e governadores. Pouco antes da votação, no entanto, o próprio relator anunciou que também aderiria à emenda.

Durante sua argumentação, Vaccarezza foi vaiado pelos prefeitos que se encontravam na galeria da Casa, mas aplaudido pelos parlamentares de Estados produtores, inclusive da oposição. Para Ibsen Pinheiro, todos os Estados devem ser beneficiados pelos recursos do petróleo, pois bancam por meio da União as pesquisas da Petrobras e as perfurações e testes de poços que acabam não dando certo. "Essa matéria (a emenda) tem fundamento jurídico, fundamento moral e maioria. Nada justifica a desigualdade", argumentou ele.

FLAMENGO SE SUPERA E VENCE CARACAS PELA LIBERTADORES

Love fez dois e Rubro-Negro ganhou mesmo com um a menos

Foi suado, mas saiu. Com um jogador a menos durante quase todo o segundo tempo, o Flamengo venceu o Caracas fora de casa por 3 a 1 e manteve os 100% de aproveitamento na Libertadores, liderando o grupo 8. Vagner Love, que marcou dois gols, foi o grande destaque do jogo que mandou a crise para longe e deu moral para o clássico contra o Vasco. De quebra, o Artilheiro do Amor fez a torcida esquecer a ausência de Adriano, que recupera a forma física após se envolver em polêmica com a sua noiva e a faltar seguidos treinos na semana passada.

Mas o bom futebol não marcou presença no primeiro tempo em Caracas. Os dois times pareciam pouco inspirados e o gramado dificultava bastante as jogadas, ocasionando um grande número de passes errados.

O Flamengo não conseguia se organizar. A boa marcação dos venezuelanos dificultava a saída de bola e as jogadas laterais não saíram. Aos poucos, o time da casa começou a criar boas jogadas e assustou o goleiro Bruno. Os meias Gomez e Guerra deram trabalho à defesa e por pouco não abriram o placar.

Apenas na reta final o Rubro-Negro melhorou e na primeira chance, abriu o placar. Pet pegou sobra de bola e tentou a finalização, mas Romero cortou a bola com a mão. Pênalti que Vagner Love cobrou para fazer 1 a 0.

Mas o segundo tempo começou com más notícias. Primeiro, Gomez cobrou falta no travessão e fez Bruno tremer. Logo depois, Toró cometeu falta dura na lateral, levou o segundo amarelo e foi para o chuveiro mais cedo. E Andrade ainda perdeu Fernando, machucado (Leia: Andrade elogia frieza do elenco ).

Com tantos fatores negativos, o empate era questão de tempo. E ele não demorou a sair. Aos 19, Castellín recebeu pela esquerda, ganhou da marcação de Álvaro e bateu sem chance para Bruno, deixando tudo igual.

Mas o Caracas aparentemente se deu por satisfeito com o resultado. O Fla, mesmo com um a menos começou a criar chances. Na primeira, Kleberson recebeu de Love e bateu por cobertura, mas Vega conseguiu salvar. Pouco depois, os papéis se inverteram. E o atacante driblou Vega com categoria e colocou o Flamengo novamente na frente.

No fim, ainda deu tempo para o terceiro. Rodrigo Alvim roubou bola na direita e rolou na saída do goleiro para completar a festa.


FICHA TÉCNICA:
CARACAS (VEN) 1 X 3 FLAMENGO
Estádio: Olímpico, Caracas (VEN)
Data/hora: 10/3/2010 - 22h10
Árbitro: Wilmar Roldán (COL)
Auxiliares: Eduardo Díaz e Rafael Díaz (COL)
Renda/Público: Não disponíveis
Cartões Amarelos: Valoyes, Romero, Castellín (CAR), Toró, Bruno (FLA)
Cartões Vermelhos: Toró, 8'/2ºT (FLA)
GOLS : Vagner Love, 35'/2ºT (0-1); Castellín, 19'/2ºT (1-1); Vagner Love, 29/2ºT (1-2); Rodrigo Alvim, 47/2ºT (3-1)
CARACAS: Vega, Romero (Prieto, 10'/2ºT), Bustamante, Alejandro Cichero, Gabriel Cichero; Lucena, Jiménez, Gómez (Gonzales, 34'/2ºT), Guerra; Castellín (Aristeguieta, 32'/2ºT) e Valoyes. Técnico: Noel Sanvicente.
FLAMENGO: Bruno, Léo Moura, Álvaro, Fabrício e Juan; Toró, Fernando (Rodrigo Alvim, 9'/2ºT), Kleberson e Petkovic (Ronaldo Angelim, 14'/2ºT); Vinícius Pacheco (Fierro, 36'/2ºT) e Vagner Love. Técnico: Andrade.


BY MSN ESPORTES

JUSTIÇA!!! QUESTÃO 28 DA PROVA DO MAGISTÉRIO ESTADUAL DO RIO FOI ANULADA APÓS PARECER DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Após algumas semanas de luta e muitas humilhações perante os candidatos que haviam se beneficiado com a criminosa alteração da questão 28, eis que foi feita justiça. Da maneira mais transparente e isenta possível. Após a entrada no Ministério Público de uma reclamação referente à questão 28 de Conhecimentos Pedagógicos do concurso para o magistério estadual da SEE-RJ, a referida instituição cobrou explicações da banca da CEPERJ, organizadora do concurso. Após uma justificativa sem fundamentos e extremamente risível, aonde a comissão jurídica da CEPERJ, de maneira amadora, respondeu se contradizendo nas próprias palavras que houve uma "observação" perante à reclamação de alguns candidatos, de que observou-se um erro na "divulgação" do gabarito. Francamente, será que a comissão jurídica da CEPERJ pensou que estava lidando com amadores na compreensão do Direito? E a contradição na justificativa foi algo digno de uma comédia pastelão. Todavia, o importante é que foi feito justiça perante os candidatos lesados no concurso e a lição que deve ficar para todos nós cidadãos é a de que devemos lutar pelos nossos direitos, por mais complicados que eles possam se apresentar, utilizando todos os mecanismos possíveis permitidos pelo nosso sistema democrático.

Agora, o mais engraçado de toda essa história é que alguns candidatos, infelizmente, agiram de maneira extremamente emocional e, ao invés de reconhecerem a lisura e isenção do Ministério Público na resolução dessa injustiça, resolveram criticar ferozmente a iniciativa do mesmo, inclusive, achando-se signatários do direito nacional, concluíndo que o MP foi ingênuo e manipulado pela atmosfera de pressão dos candidatos. Lamentável acharem que o Ministério Público, primeiro, não tem isenção e autonomia perante o Estado para tomar as suas decisões e, segundo, o mais patético, que a sua decisão foi errada, como se esses candidatos entendessem mais da doutrina jurídica do que os ilustres promotores do MP. Acho que esses candidatos é que são ingênuos, pois, será que eles não perceberam que para toda decisão no tocante à utilização da doutrina, a Promotoria visa analisar e estudar a polêmica antes de tomar qualquer decisão que possa ferir à sociedade? O Ministério Público é o fiscal da lei e para tal percebeu a verdadeira injustiça que estava sendo cometida para com os candidatos lesados. Ademais, fica como exemplo, para que acreditemos mais nas nossas instituições, em especial, àquelas que demonstram estarem altamente preparadas para defender a democracia e a justiça.

Como é ano eleitoral e o governador Sérgio Cabral é candidato à reeleição, as convocações para o magistério e outras instituições do Estado devem ocorrer até o dia 30 de abril, pois após esta data, qualquer contratação pode se configurar como aproveitamento ilícito do cargo, sendo crime eleitoral. Portanto, tudo leva a crer, segundo o que disse a própria Secretária de Educação, Teresa Porto, que a SEE-RJ deve convocar os aprovados logo após a homologação do concurso, que irá se concretizar amanhã, no dia 12 de março. Então, queridos colegas do magistério, vamos aguardar ansiosos, pois até mesmo aqueles que não foram aprovados nas vagas, podem também ser chamados, conforme a necessidade das Coordenadorias da Educação. Boa Sorte para todos!!!!

BY RICO GUIMARÃES

terça-feira, 9 de março de 2010

PATRÍCIA AMORIM: "SE REPETIR, NÃO VEJO PROBLEMA EM RESCINDIR COM ADRIANO"

Presidente do Flamengo fala sobre o problema envolvendo o Imperador

Após tantas palavras e tentativas de esclarecimento vindas de jogadores, do técnico Andrade e, principalmente, do vice de futebol do Flamengo, Marcos Braz, restava apenas o pronunciamento da presidente do clube, Patrícia Amorim, sobre a crise instalada recentemente na Gávea envolvendo o principal atleta do Rubro-Negro, Adriano.

A presidente admitiu que ainda não conversou com o atacante, mas que fará isso na terça ou na quarta-feira, enquanto o restante do grupo se concentra para o jogo contra o Caracas (VEN), pela Libertadores.

- O Adriano tem um problema e nós precisamos tratar disso. Teremos uma conversa, não em tom de muita punição, mas também sem passar a mão na cabeça. O importante é que as coisas estão aparecendo, ficando mais claras, chegando para todos nós - disse a presidente, que também afirmou que, caso o problema com Adriano continue, é possível que o Flamengo corte os vínculos com o jogador.

- Ele é muito querido pela torcida, o grupo é muito fechado com ele, foi criado aqui. Mas chega um momento que certas coisas não podem voltar a acontecer. Se isso se repetir, não vou ver problema em rescindir contrato. Queremos que ele consiga chegar à Copa, um objetivo não só para ele, mas para todos no Flamengo - afirmou Patrícia Amorim.

Sobre os polêmicos depoimentos de seu vice presidente de futebol, Marcos Braz, a presidente do Rubro-Negro deixou claro que a orientação dada aos funcionários do Flamengo foi sempre no sentido de falar o mínimo possível.

- Nesse momento eu preciso entrar em campo. Deleguei essa decisão ao departamento de futebol, mas o problema chegou até a mim. Não veio uma solução. Passei para todos os funcionários que certas coisas não precisam ser ditas. Expliquei que às vezes é bom não falar muito - lembrou.

Ainda segundo a presidente, apesar dos bastidores, o futebol do clube tem apresentado bons resultados até o momento em 2010.

- O Flamengo este ano teve 11 jogos e 10 vitórias. O jogo que perdemos para o Botafogo, criamos mais chance. O resultado está acontecendo. Existe um problema fora dos gramados e estou procurando trabalhar para que este problema não entre no campo - disse.

DISPUTA COM AÉCIO TRAZ CENÁRIO DE RISCO PARA SERRA EM MINAS

* Mineiros veem Serra como um adversário de Aécio

* Objetivo principal de aliados é aumentar cacife de Aécio

* Na eleição estadual, tucanos enfrentarão frente ampla

BRASÍLIA  - Exposta com maior evidência na última semana, a divisão interna do PSDB tem potencial para ameaçar a campanha em Minas Gerais de José Serra, provável candidato do partido à Presidência da República.

Segundo fonte que falou sob a condição do anonimato, pesquisas qualitativas em poder do grupo político do governador de Minas, Aécio Neves, que também postulava a missão, demonstraram que o eleitorado do Estado vê o colega paulista como um "adversário" do mineiro.

Como consequência, os aliados de Aécio estudam muito mais uma forma de utilizar a campanha de Serra para aumentar o cacife político do governador de Minas do que simplesmente trabalhar para eleger o paulista presidente. Aécio diz que disputará uma cadeira no Senado por Minas, o segundo maior colégio eleitoral do país, com 14,2 milhões de eleitores, 10,7 por cento do total.

"O que está em jogo agora é o futuro. Vamos ver o que é melhor para Minas", disse à Reuters o deputado Nárcio Rodrigues (PSDB-MG), acrescentando que o objetivo do PSDB mineiro é tentar conciliar o desafio de eleger o sucessor de Aécio e a campanha de Serra.

"A prioridade do grupo do Aécio era o Aécio presidente. Depois, é Serra presidente. A nossa prioridade foi descartada, então agora vamos para a segunda", acrescentou.

Depois de rejeitar a vaga de vice, o governador de Minas tem afirmado que ajudará mais a candidatura de Serra focando seu trabalho no Estado, que é considerado estratégico para a campanha nacional.

Aécio terá uma tarefa árdua, já que o PT e o PMDB devem fechar, a pedido do presidente Luiz Inácio da Silva, um acordo na disputa local que contará ainda com o vice-presidente José Alencar. Além disso, a pré-candidata do PT à Presidência, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), é mineira, embora tenha construído sua carreira política no Rio Grande do Sul.

Ao longo dos últimos meses, Serra e Aécio protagonizaram uma disputa para representar a legenda na eleição presidencial de outubro. No fim do ano passado, Aécio desistiu ao concluir que não teria mais tempo suficiente para atrair para sua campanha partidos que atualmente integram a coalizão governista.
Em seguida, alas do PSDB passaram a pressionar Aécio para que ele aceitasse ser vice na chapa de Serra, ação que foi vista como "deselegância do partido" pelos aecistas. Assim, a ideia do grupo de Aécio é tentar mostrar ao eleitorado mineiro que uma nova derrota do PSDB para o PT pode ser prejudicial ao futuro político do governador.

Na semana passada, Aécio recebeu líderes políticos de diversos partidos e Estados em Belo Horizonte na cerimônia de inauguração da nova sede administrativa do governo de Minas. Serra, um dos convidados de honra do evento, ouviu da plateia constrangedores gritos de "Aécio presidente". Integrantes da claque também portavam faixas com os dizeres "Agora ou mais para frente Aécio presidente".

segunda-feira, 8 de março de 2010

NOVIDADES ACERCA DA ANULAÇÃO DA QUESTÃO 28 DO CONCURSO DO MAGISTÉRIO ESTADUAL 2010!!!!

Grandes companheiros candidatos, que desde o início da polêmica relacionada à questão 28 de Conhecimentos Pedagógicos, lutaram e exigiram justiça. Pois bem, como sabemos que as decisões tomadas por instituições públicas, especialmente aquelas do universo jurídico, são normalmente sigilosas até que o sinistro se resolva, venho por meio deste espaço afirmar que, até que o resultado se torne oficial, não posso garantir a veracidade e nem a idoneidade da notícia. Todavia, reproduzo abaixo o recado que a colega Cíntia postou nos principais blogs comprometidos com a referida questão, acerca de novas notícias referentes ao certame e a sua polêmica questão. Como a colega acima citada demonstrou todo um interesse em ajudar-nos nesta causa, acredito que devemos dar um crédito à mesma, até porque ela cita um telefone e a referência da qual buscou a informação. Espero que eu esteja, de alguma maneira, ajudando a todos:



"Gente,



A Promotoria de Educação enviou um ofício a Ceperj e a Secretaria Estadual de Educação sexta-feira passada dia 5, solicitando a ANULAÇÃO DA QUESTÃO 28. Se vc quiser conferir ligue pra 2531 9331 (das 12 as 16).



Cintia"


Está dado o recado, querida colega Cíntia!!!


Texto em itálico retirado do BLOG PCI CONCURSOS

quinta-feira, 4 de março de 2010

A MINHA RESPOSTA ENDEREÇADA AO COLEGA DO BLOG DA EDUCAÇÃO

Queridos amigos e companheiros de blog, primeiramente gostaria de agradecer ao prestígio do espaço por vocês concedido. Fico muito feliz e orgulhoso em saber que existem pessoas gabaritadas e preocupadas em discutir as questões acerca dos problemas do nosso país. São poucos, todos nós sabemos da estrutura alienante do nosso povo, mas se os poucos apresentam qualitativamente as suas opiniões, temos que reconhecer que este fato corrobora e engrandece este espaço como referêncial.

Bem, depois da injustiça que a CEPERJ cometeu em relação ao concurso do Magistério Estadual da Secretaria Estadual de Educação - RJ, alterando criminosamente o gabarito da questão 28 de Conhecimentos Pedagógicos, estou procurando junto a muitos candidatos que sentiram-se lesados, correr atrás de justiça. Até porque se uma banca coloca como referência bibliográfica um Estatuto inconstitucional e depois cobra na prova uma questão extraíndo a informação da referida bibliografia, acredito que a questão é passível de anulação, não é mesmo? Àqueles que seguiram a referência marcaram a opção A, àqueles que seguiram a edição atualizada, não apresentada no Edital, é bom deixar isso bem claro, e se justificaram na Carta Magna do nosso país, ou seja, a Constituição Federal, também tem o direito de reivindicar o seu acerto, no caso, a questão C. O que não poderia ter acontecido era a questão ter sido alterada ao invés de ser anulada, já que a mesma foi mal formulada. Acabou beneficiando somente àqueles que marcaram a questão C. Aonde fica a idoneidade do concurso? E as regras da Publicidade, aonde estão? Dão como referência no Edital do concurso uma edição desatualizada, os candidatos seguem o que diz esta referência e ainda são penalizados por isso? Portanto, o remédio jurídico deve ser utilizado nesses casos.

Acontece que participo do Fórum "Magistério Estadual" no conceituado blog da PCI Concursos. Postando as minhas opiniões naquele espaço fui surpreendido por um colega alienado, que vendo apenas o seu ponto de vista e, com certeza, deve ter se beneficiado com este "assalto" cometido pela Fundação CEPERJ, resolveu descaracterizar as minhas opiniões e me criticar veladamente (não tem personalidade para responder diretamente). Entretanto, como não levo desaforo para casa, dei uma resposta daquelas que, àqueles que me conhecem bem, sabem que adoro desenvolver.

Segue abaixo na íntegra a minha resposta. Quem quiser ver todo o desenlace e defender as suas opiniões referentes à este concurso, é so entrar na página do PCI Concursos e entrar no Fórum "Magistério Estadual". Um grande abraço a todos!!!


QUERO DEIXAR BEM CLARO QUE COM A PROVA DE TÍTULOS EU JÁ NÃO PRECISO MAIS DA ANULAÇÃO DA QUESTÃO, MAS ESTARIA SENDO INCOERENTE COM OS MEUS PRINCÍPIOS PENSANDO SÓ EM MIM E DEIXANDO OS OUTROS COLEGAS QUE REALMENTE PRECISAM PARA LÁ. QUANTO ÀS INSTITUIÇÕES, ELAS ESTÃO MUITO MELHOR CONSOLIDADAS HOJE DO QUE HÁ 14 ANOS ATRÁS, PRINCIPALMENTE A JUSTIÇA E A POLÍCIA FEDERAL. FELICIDADES PARA TODOS!!!

AH! AO AMIGUINHO QUE POSTOU ACIMA, QUERO DIZER QUE SOU MUITO BEM EQUILIBRADO E CONHECEDOR DOS MEUS DIREITOS, BEM COMO, SOU UM PROFISSIONAL GABARITADO E RESPEITADO. LUTA DIGNA PELOS DIREITOS NÃO É SINÔNIMO DE DESEQUILÍBRIO, MEU CARO. ACHO QUE É O EQUILÍBRIO EXAGERADO DE ALGUNS CIDADÃOS QUE DEIXA AS CONDIÇÕES SOCIAIS DO NOSSO PAÍS NA LATA DE LIXO. A SUBSERVIÊNCIA DA NOSSA SOCIEDADE É UM PRATO CHEIO PARA OS CORRUPTOS E APROVEITADORES. QUANTO MAIS PACÍFICOS E ESTÁTICOS NÓS FICAMOS, JÁ SABEMOS QUAL RESULTADO NÓS TEREMOS, NÃO É MESMO? É ISSO QUE A CLASSE DOMINANTE POLITICAMENTE QUER. VENDAS NOS OLHOS DO POVO, PÃO E CIRCO, TUDO NO "JEITINHO BRASILEIRO", SE TEMOS INSTITUIÇÕES PARA QUE POSSAMOS REIVINDICAR OS NOSSOS DIREITOS "NÃO VAMOS TER DOR DE CABEÇA", DEIXA PRA LÁ... ELES SÃO PODEROSOS MESMO... O POVO TENTA MAS NÃO CONSEGUE... NÃO PRECISA SE ESTRESSAR...VAI SE ESTRESSAR À TOA SE ENTRAR NA JUSTIÇA... LUTAR PELOS DIREITOS É SÓ PARA OS PODEROSOS... O NEGÓCIO É VER SE O BRASIL VAI SER CAMPEÃO DA COPA... O NEGÓCIO LEGAL É IR "PRO PANCADÃO" NO FINAL DE SEMANA... E VAMOS DEIXAR TUDO LEGAL... SOMOS FELIZES... SOMOS ALIENADOS... SOMOS MASSAS DE MANOBRA... NÃO CONHECEMOS A HISTÓRIA DO NOSSO PAÍS... NÃO PODEMOS PERMITIR QUE AS PESSOAS TENHAM O SEU PONTO DE VISTA PORQUE SÃO UNS CHATOS.... LAMENTAVELMENTE, E OUTRAS "COSITAS MAS" QUE FAZEM O NOSSO POVO RETRÓGRADO E SEM UM PINGO DE NOÇÃO DE CIDADANIA. AQUI, INFELIZMENTE, COM RARÍSSIMAS EXCEÇÕES, NÃO TEMOS CIDADÃOS, TEMOS "GENTES QUE RESPIRAM, TRABALHAM (OU NÃO), DORMEM, COPULAM, RIEM, E SE CONFORMAM COM TUDO..." ESTA É A VELHA MÁXIMA DO CONFORMISMO ACERCA DAS QUESTÕES DA NOSSA SOCIEDADE. FICO TRISTE, CONFESSO, NÃO QUERO MAIS DISCUTIR SOBRE A QUESTÃO. SE OS PRÓPRIOS PROFESSORES QUE DEVERIAM SER OS AGENTES DA MUDANÇA NO NOSSO PAÍS, DEFENDEM ESSE RETROCESSO. CANSEI, BOA SORTE PARA TODOS!!!



BY RICO GUIMARÃES

quarta-feira, 3 de março de 2010

NO CONGRESSO, HILLARY DIZ QUE BRASIL PODE AJUDAR A MUDAR OS OBJETIVOS DO IRÃ

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, afirmou nesta quarta-feira, em Brasília, que o Brasil pode desempenhar um papel "estratégico" no sentido de "mudar" os objetivos nucleares do governo iraniano, segundo relatos de parlamentares que se reuniram com a chefe da diplomacia dos Estados Unidos.

De acordo com o deputado federal Maurício Rands (PT-PE), Hillary comentou as relações "amistosas" que o Brasil mantém com o Irã e disse que isso "facilitaria" o diálogo. "Ela quer que o Brasil colabore, dialogando com o Irã, para que o Irã mude a direção que vem tomando", disse o deputado.

Durante a visita de cerca de 30 minutos ao Congresso Nacional, a secretária de Estado americana conversou com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP). Outros parlamentares apenas acompanharam o encontro. "Ela disse que o Irã não somente está desenvolvendo armas nucleares visando a Israel como também procurando manter uma hegemonia em todo o Oriente Médio", disse Sarney. "Ela pediu colaboração na política de não-proliferação de armas, e eu tive a oportunidade de dizer que o Brasil é signatário de um tratado nesse sentido", acrescentou o presidente do Senado.

Honduras e Lula

Hillary também aproveitou a visita ao Congresso para pedir o reconhecimento brasileiro ao novo governo de Honduras, empossado no fim de janeiro. "Ela fez um apelo na questão de Honduras para que o governo que foi eleito, e está empenhado em resolver os problemas, seja reconhecido", disse o deputado Maurício Rands.

Na tarde desta quarta-feira, a secretária de Estado americana se reúne com o chanceler Celso Amorim e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e a grande expectativa continua girando em torno da pressão que o governo americano deve fazer para que o Brasil apoie novas sanções ao Irã. Pela manhã, durante evento de lançamento do Portal Brasil, Lula disse que "não é prudente encostar o Irã na parede". "O Brasil tem que ter outro rumo. É prudente estabelecer negociações", afirmou o presidente. "O Irã tem o direito de desenvolver energia nuclear para fins pacíficos. Se quiser ir além, isso vai contra a Constituição brasileira, e não podemos concordar."

segunda-feira, 1 de março de 2010

TERREMOTO E TSUNAMI MATAM MAIS DE 700 PESSOAS NO CHILE

O número de mortos provocados por um megaterremoto que atingiu o Chile subiu para mais de 700 no domingo com novas informações chegando de cidades costeiras devastadas pelo tremor e por tsunamis provocados por ele. A presidente chilena, Michelle Bachelet, confirmou 708 mortes e que o total deve subir. Antes do anúncio de Bachelet, o número de mortos neste domingo era de cerca de 400. Mas a televisão estatal divulgou que equipes de emergência informaram que 350 pessoas foram mortas na cidade costeira de Constitución, que foi atingida por um tsunami.

Imagens de emissora de televisão da cidade portuária localizada a 350 quilômetros ao sudoeste de Santiago mostraram casas destruídas, grandes barcos pesqueiros arrastados para terra firme e carros revirados. Há cenas de semelhante devastação em Pelluhue, outra cidade costeira, onde carros foram parar no telhado de casas destruídas. Pessoas desesperadas por comida e água saquearam lojas em algumas áreas mais afetadas pelo terremoto, aumentando especulação de que o governo poderá recorrer à lei marcial para combater os saqueadores. Centenas de milhares de casas e estradas na região central do Chile foram destruídas, em um duro golpe à infraestrutura do maior produtor de cobre do mundo e uma das economias mais estáveis da América Latina.

O prejuízo econômico causado pelo desastre estaria entre 15 e 30 bilhões de dólares informou a empresa de análise se risco Eqecat. Alguns economistas projetam um profundo impacto na economia após o terremoto abalar setores da indústria e da agricultura das regiões mais afetadas, o que possivelmente vai pressionar o peso.

Em Concepción, a cerca de 500 quilômetros ao sul de Santiago, socorristas temem que cerca de 60 pessoas tenham sido esmagadas pelo desmoronamento de um prédio de apartamentos onde equipes de resgates trabalham durante a noite para encontrar sobreviventes. "Passamos a noite toda trabalhando, quebrando paredes para encontrar sobreviventes. O maior problema é combustível, precisamos de combustível para manter as máquinas operando e água para as pessoas", afirmou o comandante da equipe de resgate, Marcelo Plaza.

A polícia usou bombas de gás lacrimogêneo e canhões de água para dispersar uma multidão de saqueadores que corriam com pacotes de comida e produtos eletrônicos de um supermercado. Imagens da televisão mostraram pessoas enchendo carrinhos de supermercado com produtos e a onda de saques se espalhava para outras lojas. "As pessoas ficam dias sem comer. A única opção é vir aqui e pegar as coisas nós mesmos", afirmou Orlando Salazar, um dos saqueadores do supermercado.

A prefeita de Concepción, Jacqueline Rysselberghe, disse que a situação está "fora de controle" por causa da falta de produtos básicos. "Temos uma situação muito complicada e as pessoas estão se sentindo muito vulneráveis", afirmou ela à rádio local, acrescentando que os saques são "totalmente injustificáveis". "Precisamos do Exército. Não podemos ter pessoas defendendo suas próprias posses porque seria a lei do mais forte", afirmou a prefeita. Diante da onda de saques, o governo chileno decidiu impor toque de recolher em Concepción, afirmou uma emissora de TV estatal.

NOVOS ABALOS

Uma série de abalos subsequentes atingiram o país e um mais forte balançou prédios na capital no início deste domingo. Enquanto isso, milhares de moradores de Concepción acamparam em barracas ou abrigos improvisados, temendo que novos tremores possam derrubar novos prédios.

Apesar da destruição, o custo humano do terremoto, o quinto mais forte desde 1900, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos, foi muito menor do que o sismo que devastou o Haiti em janeiro. Especialistas disseram que o Chile, localizado em uma das zonas mais sísmicas do planeta, estava melhor preparado.

O presidente norte-americano, Barack Obama, disse que os Estados Unidos estavam prontos para ajudar o Chile. Brasil, Argentina, Bolívia, Peru e Venezuela também ofereceram apoio. Bachelet declarou zonas de catástrofe as regiões de Maule, Bío-Bío, O'Higgins, Araucanía, Valparaíso e Metropolitana, que concentram 80 por cento da população do país.

O Chile, localizado na intersecção de duas placas geológicas, foi arrasado no passado por outros terremotos. Muitos lembram o tremor de magnitude 9,6 que devastou a cidade de Valdivia em 1960, o maior já registrado.