segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

A RELAÇÃO ENTRE O PROTESTANTISMO E A MÍDIA TELEVISIVA NO BRASIL

No tocante ao apoio da Rede Globo de Televisão a alguns segmentos evangélicos eu penso o seguinte. Caros amigos será que vocês não perceberam que essa é uma jogada de cunho político e de poder da Rede Globo para atingir a Universal e a Record? Veja o staff de artistas evangélicos se não são aqueles que não comungam com a cúpula da Universal. A Globo também promove o Silas Malafaia em detrimento do Macedo.
Tente ligar o porquê de o Silas ter apoiado o Serra nas últimas eleições presidenciais. Até o meio evangélico está dividido. Silas contra a Dilma e o Macedo e Crivella a favor da Dilma. Duas correntes de supremacia de poder, onde o protestantismo acaba sendo fracionado na sua essência. Daqui a pouco a Globo seduz o Waldemiro Santiago também, pode escrever, e aí o Bispo Macedo vai começar a se preocupar de verdade.
Gostaria que os evangélicos brasileiros tivessem o mesmo nível crítico e analítico acerca da sociedade como os protestantes americanos e europeus. Os luteranos, que são seculares, conseguem ter maior diálogo com os diversos segmentos sociais e desprendimento acerca de vários assuntos, inclusive a ciência, do que os chamados setores evangélicos "progressistas" do Brasil, cada vez mais reacionários e retrógrados nas suas posições.
A minha sorte é que noventa por cento dos meus amigos evangélicos tem a cabeça bem aberta e são demasiadamente intelectualizados. Posso tomar um copo de cerveja sem perceber um olhar de reprovação por parte de qualquer amigo protestante, mesmo sabendo que discordam da minha posição, discordam, mas não discriminam. Está na hora de alguns evangélicos aprenderem a diferença entre os conceitos discordância e discriminação.
O problema é que, seguindo os preceitos de Weber, os nossos evangélicos ou a maioria deles dão muito valor ao conceito Capitalismo e pouco valor ao conceito Liberalismo, ambos conceitos-base do protestantismo medieval tradicional. Foi privilegiada a questão do dinheiro, mas pouco a questão das liberdades individuais.

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