sexta-feira, 12 de julho de 2013

MATARAM UMA CRIANÇA EM SÃO PAULO!!!! E OS DIREITOS HUMANOS?

Estou chocado, revoltado, perplexo, enojado e quantos eteceteras forem permitidos. Mais uma vez um monstro, opa, quer dizer, “vítima social”, assassinou a sangue frio um garotinho indefeso nos braços da mãe. Antes que me chamem de reacionário (adjetivo empregado por esquerdopatas para quem quer justiça real), cabe uma questão: onde estão os Direitos Humanos e seus representantes para amparar a família vitimada por esse ato de crueldade? Bem, que eu saiba, as verdadeiras vítimas sociais são essas famílias bolivianas que dentro de um contexto baseado na ditadura do capital, servem de mão-de-obra nas fábricas têxteis e seus derivados na região do Brás, bairro da Zona Leste de São Paulo. Os cidadãos trabalhadores que servem à burguesia têxtil paulistana é que são, autenticamente, as vítimas sociais. Não obstante, a essa atmosfera de impunidade que mais uma vez se desenha, temos meia-dúzia de esquerdaloides vindo não defender o garoto e a sua família (as verdadeiras vítimas), mas sim os “pobres coitados” dos monstros que vitimaram o garoto indefeso. Vou deixar bem claro o motivo da minha revolta. Como socialista que sou, entendo todo o processo de crise social que experimentamos como subproduto do capitalismo excludente e de um Estado pouco afeito à emancipação social de fato (que perpassa por uma política revolucionária na educação). 

Ademais, não posso comparar um monstro que mata com crueldade um garoto indefeso, filho de bolivianos que são verdadeiros escravos do sistema de trabalho brasileiro dentro da esfera privada (aliás, além de cobrar os agentes públicos, já está mais do que na hora do povo brasileiro cobrar os agentes privados também, mas isso é assunto pra outra pauta), com assaltantes de baixo escalão, dependentes do crack, furtadores de carteira, etc. Aí é que está o cerne da questão: não estou demonizando o assalto, que pode ser justificado pelo processo de crise socioeconômica, mas sim o ato cruel de matar uma criança, que não apresentava ameaça para nenhum dos criminosos, simplesmente porque a mesma estava sendo inconveniente através de gritos ditos insuportáveis. Portanto, que fique bem claro, sem hipocrisias panfletárias: entendo certos tipos de delito como resultado de uma sociedade desigual, endossada por um Estado inerte e fascista, mas não atos de extrema crueldade, como não podemos deixar de lembrar, do menino João Hélio, filho da classe média suburbana carioca, que foi arrastado por um monstro a sete longos quilômetros pelo asfalto. E lembrar que ainda tive que escutar um militante esquerdaloide do PSTU, que era colega de Pós-Graduação em História na UFF, de que o caso do João Hélio era um sensacionalismo barato, arquitetado pela classe média, pelo fato do menino ser “loirinho”, pois, segundo ele, se fosse um “pretinho da favela”, o caso não teria repercussão. Até concordo com essa afirmativa, mas ela não justifica tal ato por parte do monstro que arrastou o menino. O que mais me revoltou é que esse mesmo colega de classe, afirmou que a verdadeira vítima era o consumador do ato. A partir daí, passei a duvidar do caráter e humanidade de alguns colegas militantes da esquerda. 

Para mim, ser socialista é defender o trabalhador que acorda quatro horas da manhã para pegar o ônibus lotado, lutar contra a homofobia e o racismo, enfrentar os grandes monopólios de comunicação, denunciar os canalhas da fé que usurpam dinheiro de fieis que são utilizados como massa de manobra, através de um maniqueísmo evidente. Ser autenticamente de esquerda é lutar contra o status quo que exclui grande parcela da nossa sociedade e marginaliza mulheres, crianças e trabalhadores, gerando prostituição de baixo nível, menores abandonados e mendigos. Defender monstros sociais não é postura digna de um militante de esquerda, é postura de um desumano imoral. E TENHO DITO. REVOLTA CONTRA ESSE MONSTRO IRRECUPERÁVEL!!!

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