Nesta semana tivemos a passagem espiritual de Nelson Mandela, um dos maiores seres humanos da nossa história, e também, um dos mais relevantes e importantes sujeitos históricos que tive contato nos meus estudos. Como defensor e militante por anos das causas identificadas com o contingente populacional negro, não só no Brasil, mas do mundo como um todo, o exalto.
Como um natural repudiador do racismo e suas vertentes mais espúrias, exalto Mandela. Pelos negros e pelos nossos brasileiros plurais na sua cor, na sua etnia, na sua essência, na sua cultura, na sua alma, dignifico Mandela. Aliás, falar de Nelson Mandela me faz lembrar de outro grande homem da nossa história: Mahatma Gandhi. Tanto Mandela quanto Gandhi serviram-me de referência para ser o militante responsável e equilibrado que sou hoje. Respeito às instituições e ao Estado como agente organizador, o diálogo como arma revolucionária autêntica e o equilíbrio como agente pautador para a resolução das demandas mais importantes da sociedade, são valores naturais dos dois e dos quais eu sigo piamente.
Mandela e Gandhi, minhas referências, são dois exemplos de homens que respeitaram o próximo, e, ao invés de terem buscado o caminho do ódio e dos radicalismos gratuitos, buscaram o caminho da esperança. Um, ao invés de ter insurgido o povo negro e oprimido contra os descendentes de ingleses e de bôeres, buscou a conciliação em detrimento da vingança idiota; e o outro, fez a revolução na Índia sem dar um tiro, apenas pelo inteligente recurso do diálogo. Essa é a minha esquerda, a esquerda do diálogo, do viés institucional. Sou esquerdista sim, sou socialista sim, e não preciso ser subserviente ao manual retrógrado, ultrapassado e cego do marxismo-leninismo.
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