Basta uma canetada para que a vida de Silvio Santos comece a ser filmada. Nessa terça-feira (15), o Dono do Baú recebeu em sua casa, em São Paulo, o termo de cessão de sua imagem para que o diretor Carlos Augusto de Oliveira, o Guga, faça a adaptação cinematográfica da biografia A Fantástica História de Silvio Santos.
O livro, escrito por Arlindo Silva, narra a trajetória do camelô que tornou-se comunicador e dono de uma das principais emissoras de TV do País. "Eu e Silvio já temos um acordo verbal, trocamos alguns e-mails. Ele deu uma espiada no roteiro e gostou. Como existem distribuidoras internacionais interessadas no projeto, precisamos ter tudo assinado", conta o diretor, irmão de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, ex-diretor da TV Globo.
O ator Edson Celulari foi sondado para viver o personagem principal. "Pensamos no Edson por causa dos dentes enormes. Mas como o filme precisa ser lançado até o fim do ano que vem para casar com o aniversário de 80 anos do Silvio (em 12 de dezembro) vai depender da disponibilidade do Edson", conta Guga.
O ator mirim, que viverá o comunicador quando criança, seria escolhido através de um grande concurso nacional promovido pelo SBT. Outros atores e convidados especiais começaram a ser planejados pela produção do filme. "A Hebe Camargo pediu para fazer o papel dela mesma. O Carlos Alberto de Nóbrega vai fazer o pai dele, Manoel de Nóbrega. E o Bruno Mazzeo será o Chico Anysio jovem", adianta Guga, que deseja filmar a disputa entre Chico e Silvio no início da carreira deles. "Com 18 anos, ele concorrem juntos na Rádio Nacional a uma vaga de locutor. O Silvio ganhou, mas eles ficaram amigos", relembra.
De acordo com o roteiro, o filme começa como o grego Alberto Abravanel, pai de Silvio, deixando a cidade de Marselha, na França, fugindo da Primeira Guerra Mundial. E chegando com a família no Brasil dos anos 20, em pleno Carnaval. "Registramos o nascimento dele em 1930 e contamos sua vida e história do nosso País nos últimos 80 anos, passando pela Era do Rádio, a Ditadura e o nascimento da TV", diz o diretor, que visualiza no cinema a chance de reeditar a tão famosa disputa das cantoras daquele tempo. "Penso na Ivete Sangalo no papel da Marlene. A Claudia Leitte ou Daniela Mercury poderiam viver a Emilinha", aponta ele sobre a escolha que pode colocar mais lenha na fogueira da rivalidade entre as cantoras baianas.
Para ter sua vida filmada, Silvio não fez nenhuma exigência. E garantiu que só vai assistir à película quando ela for lançada nos cinemas. "Ele achou melhor não patrocinar, porque seria antiético. Mas temos uma relação de confiabilidade de anos. Eu ofereci uma pré-estreia para aprovar o filme, mas ele falou que vai comprar ingresso como todo mundo", explica o diretor, que trabalhou com o Senhor Abravanel dirigindo as novelas Cortina de Vidro (1989), Brasileiros e Brasileiras (1990) e no seriado Joana (1985).
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