Aliados do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), avaliam que ele manterá a decisão de não se manifestar candidato à Presidência da República antes de março do ano que vem, prazo colocado pelo tucano para discutir publicamente a corrida presidencial. Para o círculo mais próximo do governador, será mantida a estratégia de não se colar diretamente ao debate eleitoral, de modo a evitar que sua administração seja vinculada à eleição.
Ontem, Serra emitiu nota na qual elogia o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), e prega a unidade, mas não se coloca como candidato. Nela, disse que o mineiro "tem todas as condições para ser o candidato" do partido à Presidência. O governador de Minas anunciou ontem que desistiu de sua pré-candidatura à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que deixa Serra como o único nome da sigla para a disputa do cargo em 2010.
Nos bastidores, a cúpula do PSDB trabalha para que Aécio aceite ser vice na chapa encabeçada por Serra. "Gostaria de ter Aécio como vice na disputa, mas temos de respeitar a decisão. A chapa Serra e Aécio seria a mais forte da oposição", disse o deputado Luiz Paulo Vellozo Lucas (ES).
Já o presidente do PSDB paulista, Mendes Thame, avalia que a pressão sobre Serra deve aumentar e não descarta um anúncio no início do próximo ano. Ele elogiou ontem a atitude de Aécio. "Foi louvável. Uma demonstração de preocupação com o destino de Minas e com a unidade partidária."
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