O ex-presidente da Argentina Néstor Kirchner (2003-2007) morreu nesta quarta-feira (27) em El Calafate, aos 60 anos, informou o médico presidencial Luis Buonomo.
Buonomo afirmou que o ex-presidente foi vítima de "morte súbita". O horário de sua morte, ainda segundo a Ansa, foi as 10h (11h em Brasília).
De acordo com o El Clarín, um médico da equipe presidencial confirmou que o ex-presidente sofreu uma "descompensação cardíaca aguda" e foi levado ao hospital da cidade. O diário afirma que Kirchner e sua mulher, a atual presidente da Argentina, Cristina Kirchner, descansavam em sua casa de El Calafate desde o último fim de semana. Por causa da realização do censo nacional, esta quarta-feira é feriado na Argentina.
O ex-presidente havia passado por duas cirurgias de emergência em 2010, em fevereiro e setembro, por obstrução em artérias coronárias. O Clarín afirma que os médicos haviam recomendado que mudasse seu estilo de vida. Segundo a imprensa local, Kirchner teria sofrido uma parada cardiorrespiratória com morte súbita.
Kirchner nasceu em 25 de fevereiro de 1950 em Río Gallegos, na Província de Santa Cruz. Advogado de formação, ele foi prefeito de sua cidade natal (1987-1991) e governador de Santa Cruz (1991-2003), antes de se tornar presidente argentino pelo Partido Justicialista (Peronista).
Atualmente, além de ser casado com a presidente, exercia o cargo de secretário-geral da União das Nações Sul-Americanas. Kirchner foi nomeado para o cargo no último dia 4 de maio.
Kirchner deixa dois filhos, Máximo, 32 anos, e Florencia, 19. Ambos são fruto do casamento com a atual presidente do país, que conheceu quando ambos estudavam Direito na Universidade de La Plata (60 km ao sul de Buenos Aires) e militavam na Juventude Peronista nos conturbados anos 70.
Sua morte acontece quase um ano antes das eleições para a Presidência, em cujas pesquisas ele era apontado como um dos favoritos.
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